Repudiamos as ameaças e os ataques à Esquerda

Solidariedade com a Esquerda Revolucionária!

A nossa solidariedade para com a Esquerda Revolucionária que ontem teve a sua banca desmontada à força na manifestação pela Ucrânia em frente à Embaixada da Rússia em Lisboa, depois de vários episódios de animosidade direcionados às companheiras e aos companheiros desta organização. Outras/os militantes de esquerda, nomeadamente do Em Luta, foram também alvo de atitudes agressivas, verbais e físicas, devido ao conteúdo das suas posições políticas ao longo da concentração.

A extrema-direita não tem lugar na luta contra a guerra!

Alguns manifestantes ostentaram, durante a manifestação, bandeiras do Prawy Sektor, (“Setor da direita”, traduzindo para português), que é um partido e um movimento político ucraniano de extrema-direita, neofascista e ultranacionalista, criado em novembro de 2013, como uma confederação paramilitar de várias organizações nacionalistas nas manifestações e nos movimentos contra a guerra. Não é admissível a presença destas organizações em ações pela Paz ou quaisquer outras. Caberia à organização da manifestação deixar isso claro, assim como às forças de segurança intervir (dado este tipo de simbologia ser proibidos por lei). Foi essa conivência que resultou nestas agressões. Nesse sentido, as organizações que convoquem futuros protestos deverão comprometer-se a garantir que estes elementos não são permitidos. Devemos sempre denunciar a presença da extrema-direita nos movimentos e cerrar fileiras para impedir a sua participação. 

A nossa segurança é fundamental!

A presença de setores ou elementos de extrema-direita nos movimentos de rua coloca-nos em perigo. É importante discutir e elaborar esquemas de segurança, para garantir que todas, todos e todes estejam a salvo no decorrer de quaisquer manifestações existentes. Isto passa por uma organização conjunta e concertada das forças de esquerda que atuam no terreno. É necessário a esquerda pensar e organizar a segurança da sua militância e deve fazê-lo de forma unitária, independentemente de divergências políticas. Estamos à disposição de todas as organizações para isso. Importa também compreender que as mulheres, as pessoas racializadas, LBGT+ e imigrantes são alvos preferenciais dos ataques. Ninguém larga a mão de ninguém e ninguém fica para trás.

Aproveitamos para demonstrar também o nosso repúdio para com as afirmações de Mário Machado e as intenções de atacar as sedes do PCP pela sua posição política em relação à guerra na Ucrânia. Num texto intitulado “Destruir o Partido Comunista Português” o dirigente de extrema-direita acautela os militantes neofascistas portugueses sobre as suas ações mais diretas no terreno, mas responsabiliza qualquer ataque ao PCP…ao próprio PCP. E mantém a posição “de continuar a luta contra o PCP e seus aliados”, mas “dentro da legalidade”. É obrigação não só de toda a esquerda, como de todos os democratas repudiar estas declarações e disponibilizar-se para defender o PCP e qualquer outra organização ameaçada pela extrema-direita.

Foto: Mídia NINJA

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