Porque sou candidato do Bloco de esquerda?

Igor Constantino, ferroviário

Foi com grande orgulho que fiz parte da campanha do Bloco de Esquerda no concelho de Vila Franca de Xira, integrando a lista à União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz e para a Assembleia Municipal. Há 4 anos que o Carlos Patrão é vereador sem pelouro neste município, e tem sido um ponto de apoio para o papel que o Bloco tem cumprido, de batalhador pelos interesses da maioria, do povo trabalhador. A campanha do Bloco vincou bem quais as suas prioridades.

Acabar com o dogma de que o poder público não pode interferir com o desenvolvimento “natural” do “mercado” de habitação, para travar a gigantesca inflação do custo das casas em toda a área metropolitana de Lisboa, que hoje se faz sentir até aos limites do concelho e mais além. O Bloco tem sido, enquanto existem tantas casas vazias no centro das vilas, contra o aumento dos perímetros urbanos, construindo assim novas habitações nos limites dos concelhos, beneficiando apenas os interesses das construtoras, e aumentando consequentemente as emissões de gases de efeito de estufa com o agravamento da necessidade de movimentos pendulares e aumentando a abrangência de todos os serviços públicos. O Bloco é contra a continuação do concelho como o sorvedouro do passivo ambiental de todo o país, com aterros, incineradoras, e com a gritante poluição do Tejo que muitos pensam ser coisa do passado mas é infelizmente bem actual.

Trabalhei quase 6 anos a cravar rebites nas OGMA em Alverca, onde passava mais tempo do que em casa, a valorizar o capital financeiro estado-unidense e do centro da Europa. Mas para além de muitas horas mal dormidas e artroses, nesta selva de betão encontrei também muita solidariedade operária, muita gente em quem me amparar para não ficar pelo caminho, mas tambem alguns, os bravos, os imprescindíveis, que não só levantam a cabeça porque não devem nada a ninguém, mas também porque precisam de olhar mais além, e construir um outro futuro, uma sociedade diferente. Um desses militantes socialistas operários é o Alexandre Café, por quem com muita alegria dei a cara em Alhandra nestas últimas duas semanas. Activista sindical, climático, feminista, mas também pela cultura, que voltou a colocar na agenda em Alhandra a reabilitação do Teatro Salvador Marques, para que estas freguesias sejam sítios para viver, e não apenas para dormir.

Contem com o Bloco não para falar por vós, mas para fazer com que vos oiçam nos organismos do poder local, e também para colaborar com o povo para transformar a vida, não apenas para votar de 4 em 4 anos.

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