Suzana Garcia: a candidata neofascista do PSD quer exterminar o BE

Suzana Garcia, candidata do PSD à Câmara da Amadora, advogada mediática devido à sua participação durante vários anos no programa da manhã da TVI e conhecida pelas suas tiradas racistas, xenófobas, reacionárias e populistas como por exemplo a castração química de pedófilos, deu ontem uma entrevista a Manuel Luis Goucha na TVI[1] e proferiu vários comentários graves e condenáveis. Entre estes Suzana Garcia disse esperar “mesmo que o Bloco de Esquerda seja exterminado” e mais uma vez destilou ódio contra Mamadou Ba.

Este tipo de declarações recorda-nos outras similares proferidas por personagens sinistras como Bolsonaro contra partidos de esquerda como o PT e o PSOL[2]. Ou as mais recentes declarações de Rocío Monasterio, candidata do Vox (partido de extrema direita espanhol) às eleições em Madrid, que se recusou a condenar e levantou dúvidas sobre a veracidade das ameaças de morte enviadas em cartas com balas, a Pablo Iglesias, lider do partido de Esquerda “Unidas Podemos”, ao ministro do Interior Fernando Grande-Marlaska e à diretora-geral da Guardia Civil, María Gámez[3].

A semelhança do discurso de Suzana Garcia com o neofascismo é evidente. Não foi por acaso que a escolha de Suzana Garcia para candidata do PSD à Câmara da Amadora suscitou elogios do neofacsista André Ventura. Este elogiou a candidata Suzana Garcia, admitindo que gostaria que esta fosse candidata pelo Chega e elogiou Rui Rio pela sua escolha e “boa evolução”. A recomposição da direita faz com que o PSD tente manter a hegemonia no seu campo político e Rui Rio depende disso para a sua própria sobrevivência à frente do partido.

A linha de normalização da extrema-direita, de quem Marcelo Rebelo de Sousa  e alguma comunicação social são cúmplices, seguida por Rui Rio no caso dos Açores, em que o apoio do Chega é que possibilitou a Governação do PSD no arquipélago está cada vez mais presente.

A candidatura de Suzana Garcia é claramente uma viragem à direita do PSD com o intuito de ganhar votos à extrema-direita o que na verdade contribui para normalizar as suas ideias e o seu discurso. Esta tática já se demonstrou desastrosa em outros países europeus tendo como consequência o beneficio eleitoral da extrema-direita e provocando apenas a normalização do seu discurso e ideias. São sinais de uma direita em mudança em que as pressões para uma ultra-direitização parecem vingar cada vez mais, protagonizadas pelos novos partidos ou encontrando expressão dentro do PSD.

O BE, através do deputado Fabian Figueiredo, já veio condenar as declarações de Suzana Garcia e exigir a Rio Rio a “obrigação de responder pela violência e discurso de ódio que está a introduzir na campanha autárquica”. O deputado concluiu ainda que “Só há uma coisa a fazer: demitir Suzana Garcia!”[4]. Perante a normalização dos ataques e das ideias da extrema-direita, venham elas do Chega ou do PSD, a resposta da esquerda deve ser intransigente, solidária e unitária. Um ataque a um dos nossos é um ataque a todos! Desde o Semear o Futuro demonstramos a nossa solidariedade com os camaradas do BE, bem como com o Mamadou Ba, e a nossa disponibilidade para combater o neofascismo!


[1] https://sicnoticias.pt/especiais/autarquicas/2021-04-28-Suzana-Garcia-espera-que-Bloco-de-Esquerda-seja-exterminado-f358a3f2

[2] https://exame.com/brasil/vamos-fuzilar-a-petralhada-diz-bolsonaro-em-campanha-no-acre/

[3] https://www.publico.pt/2021/04/23/mundo/noticia/vox-duvidou-ameacas-morte-iglesias-incendiou-campanha-madrid-1959824

[4] https://www.esquerda.net/artigo/candidata-do-psd-na-amadora-defende-exterminio-do-bloco/74112

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